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السبت، 3 يناير 2009

John Alejandro

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Meu nome é John Alejandro e sou esquizofrênico.
Não tenho nada de atrativo muito menos fotogênico.
Meu melhor amigo é um palhaço que me aconselha.
Tem olhos de rã e vive dentro da minha orelha.
Ele fala muito e ás vezes se chateia.
E quando lhe pergunto quase nunca responde.
Mas ele dá a vida por mim e eu dou a vida por ele.
Sabemos que há um desnível dentro desse nosso círculo.
As pessoas pensam que eu estou doente,
porque corro pela cidade com meu caderno,
falando com os cachorros,
com umas calças curtas e umas botas de vaqueiro,
um guarda-chuva na mão e um chapéu de toureiro.
Mas, não estou tão mal, também falo com as pessoas,
digo muitas mentiras para confundi-lás,
gosto de dar endereços errados,
para que as pessoas sempre cheguem atrasadas ao seu destino.
Ando com duas fadas madrinhas que voam aqui em cima,
carregando seringas repletas de vitaminas com morfina,
até que minhas veias se inundem,
faço caretas e as pessoas se confundem.
Perdoe-me si estou rindo demasiado,
é que ontem morreu minha mãe.
e me colocaram em um trabalho,
devo 6 meses de aluguel,
e na minha carteira nenhum centavo,
e não tomo banho desde outubro do ano passado,
tenho o corpo todo cicatrizado,
com cortes profundos e queimaduras em 1º grau,
mas, não é nada grave nada delicado,
é que eu nunca me dou conta,
porque passo o dia todo anestesiado.
Gosto de andar sozinho porque, assim, falo com o vento,
nunca fiz sexo, como um monge em um convento.
Tranquilo, ainda que eu saiba que posso explodir
de maneira repentina como uma mina,
na segunda guerra mundial,
sou um psicomaniaco antisocial,
depois de te cumprimentar,
lavo as mãos com sabão antibacterial,
sou um paciente mental, admito,
mas, isso não te dá direito de me olhar atravessado,
e a falar comigo de longe.
Vem, aproxime-se não vou te fazer nada,
o que parece sangue é salsa de tomate derramada.
Vem amiguinho, aproxime-se de mim,
as tesouras que trago são para cortar o jardim


Sou um assassino em série,
como os de minissérie,
por trás da porta,
coleciono gente morta.
Pra poder matar a fome,
como cereal com sangue,
não tenho família,
porque matei minha família.


Ás vezes doutores vem me visitar,
com disfarces de fantasmas para me alegrar,
porque sofro de transtornos,
ontem meti um gato no forno,
e pendurei seu rabo no pescoço como adorno.
Quando me dá as crises começo a suar sódio
e grito muito forte para poder tirar o ódio,
também tenho medo das sombras,
por isso, não me atrevo a ir ao banheiro,
e urino no carpete.
É normal só tenho 13 anos,
ainda ando de bicicleta,
e não falo com estranhos,
mas, se não tomo meus remédios durante o ano,
todos os dias sonho que posso te causar algum dano,
te cortar em pedacinhos com essas mesmas tesouras,
te colocar em sacos plásticos,
e te guardar na geladeira.
Não se assustem hoje tomei meus medicamentos,
sei que tenho cara de sério,
mas, hoje estou contente.
Agora mesmo vou brincar com meus amigos no cemitério
além disso, estou apaixonado por um dos meus amigos,
faz um ano que morreu sem deixar vestígios,
é uma garota bonita com o rosto de cor violeta,
todas as noites me acompanha para andar de bicicleta,
ela não fala porque é surdomuda,
e por isso as pessoas pensam que estou falando sozinho,
e que necessito ajuda.



Música de Calle 13. Sei que parece meio obscura, violenta, mas eu me impressionei com a história, com os detalhes que ele põe na música. Na verdade nem sei se esse garoto existe ou existiu, ou se isso tudo é fruto da imaginação de René Perez.

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